“A Mãe”: Filme de ação da Netflix com Jennifer Lopez tem pouca ação e não empolga
- The C.A.R.O
- 22 de mai. de 2023
- 3 min de leitura
A nova produção do streaming chegou dois dias antes do dia das mães e conta a história de uma mãe que tenta salvar a filha dos seus inimigos

Por Vanessa Linhares
A Mãe é um filme de ação e aventura, original da Netflix. O longa com direção de Niki Caro, tem roteiro de Misha Green, Peter Craig e Andrea Berloff, e estreou no streaming no dia 12 de maio de 2023. A produção traz como protagonista a popstar e atriz Jennifer Lopez.
Na trama, uma ex-fuzileira de elite do exército (Jennifer Lopez) se envolve com o tráfico de armas. Ao ficar grávida, ela decide denunciar os comparsas Hector Álvarez (Gael García Bernal) e Adrian Lovell (Joseph Fiennes) ao FBI após descobrir algo terrível. As coisas acabam dando muito errado e ela se vê obrigada a deixar a filha para a adoção para protege-la de seus novos inimigos. A fuzileira então vai para longe para se esconder dos traficantes, mas 12 anos depois os bandidos descobrem a localização de sua filha, forçando a mãe a sair de seu esconderijo.

A Mãe traz uma história já conhecida e saturada do cinema: um militar que faz inimigos acaba tendo que se esconder, mas é obrigado a sair para resgatar algum parente que é sequestrado. Essa premissa já foi usada por diversos filmes de ação e teve uma época onde quase todo mês surgia uma produção com essa narrativa. A Mãe acaba sendo mais um filme genérico que usa uma fórmula que deu certo anos atrás, com o diferencial de ser uma mulher no papel da salvadora, o que é sempre legal de se ver. Mas também não se difere tanto, já que também já vimos longas onde a mãe precisa fazer de tudo para salvar a vida do filho.
Jennifer Lopez é o grande destaque do filme. Isso porque a sua atuação está muito boa e ela consegue passar para o público a mulher forte, amargurada e que se fechou para o mundo por conta de suas escolhas. Todas as interações com a filha Zoe (Lucy Paez) são carregadas de tensão e desconforto que combinam bem com aquilo que a protagonista está sentindo. Depois de tantos anos separada da filha, o sentimento de estranheza é inevitável e da mesma maneira que a menina não a vê como mãe, a nossa salvadora também não sabe lidar de forma materna e amorosa com a garota.

Apesar de ser um filme de ação, as cenas de ação são poucas e dá para contar nos dedos as que conseguem prender a atenção. As cenas da perseguição em Cuba, eu particularmente gostei e deu até uma adrenalina. Mas as demais achei bem mais ou menos. Sem contar o jogo de câmeras, o desfoque e os diversos cortes nas cenas de luta que confundia quem olhava e ficava se perguntando quem está batendo e quem está se defendendo. Ou seja, a ação deixou muito a desejar e o filme acabou ficando tedioso em vários momentos.
Podemos dizer que a produção se dividiu em duas partes. A primeira com a mãe em busca da filha e a resgatando dos vilões e a segunda com a mãe tendo que conviver com a menina. Essa segunda parte é carregada de drama. Afinal, elas não se conhecem. Mas mesmo assim, é possível ver o amor incondicional da mãe, que a ensina a se defender e a atirar, a preparando para uma possível batalha. É interessante de se ver a construção da relação das duas, que começa meio complicada e estranha, mas que no fim acaba boa.

No geral, A Mãe é mais um filme de ação genérico que não consegue empolgar o espectador. Com poucas cenas de ação, o longa é tedioso em vários momentos e apesar da boa atuação de J. Lo, a produção não consegue se manter interessante o suficiente para valer a pena o play.
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