A nova versão do clássico de 1989 continua em cartaz nos cinemas de todo o país
Por Vanessa Linhares
A Pequena Sereia é um filme musical de fantasia, romance e aventura, produzido pelos estúdios Disney. O longa com direção de Rob Marshall e roteiro de David Magee, estreou nos cinemas no dia 25 de maio de 2023 e permanece em cartaz. A produção é a versão em live-action da animação clássica lançada em 1989, baseada no conto de fadas literário escrito pelo autor dinamarquês Hans Christian Andersen, publicado pela primeira vez em 1837.
Na trama, Ariel (Halle Bailey) é uma jovem sereia, filha do Rei Tritão (Javier Bardem), que vive no fundo do mar. A jovem tem um grande fascínio pelo mundo dos humanos e muita curiosidade em saber como é na superfície. Entretanto, seu pai sempre a proibiu de ir lá para cima. Um dia, Ariel decide subir para dar uma espiadinha e fica encantada com o que vê. Ela também presencia o barco do Príncipe Eric (Jonah Hauer-King) afundar e com ele, o próprio príncipe. Ariel então, salva o rapaz e se apaixona por ele.
Chateada com o pai por não a deixar ir para a superfície e triste por achar que não verá mais o Príncipe Eric, Ariel se depara com a Bruxa do Mar, Úrsula (Melissa McCarthy), que faz uma proposta para a pequena sereia. A bruxa dará pernas para Ariel, mas em troca, a jovem terá que entregar sua voz para ela. Ariel aceita, e agora terá o desafio de se comunicar com o rapaz mesmo sem voz e poder experimentar a vida em terra firme.
A Pequena Sereia é um filme encantador e divertido. O live-action da animação clássica de 1989, conseguiu trazer a mesma magia do desenho às telonas. O que é difícil de se ver em um live-action. Halle Bailey surpreende no papel da sereia e com toda a certeza é o grande destaque e trunfo do longa. Ela conseguiu trazer toda a curiosidade e entusiasmo da Ariel pelos humanos para o filme e lembrou muito a essência da personagem na animação. Até quando a sereia perde a voz e precisa arranjar uma outra forma de se comunicar, Bailey conseguiu brilhar e mostrar seu talento. Apesar das duras críticas que sofreu ao ser escalada para viver a sereia, ela conseguiu se superar e mostrar que se dedicou demais ao papel, entregando todo seu potencial no filme.
Já Eric, ganhou mais tempo de tela e com isso mais camadas e profundidade, comparado a animação. Apesar de sua performance musical não ter agradado muito, Jonah Hauer-King trouxe para o longa um príncipe mais sonhador e determinado, sendo uma agradável surpresa. Ele e Ariel formam um casal fofo e muito shippável. Outro personagem que também vale a pena comentar é o Sebastião (voz original de Daveed Diggs). Assim como no filme animado, ele é puro carisma e é muito divertido. Já Linguado (voz original de Jacob Tremblay) teve menos destaque que na animação, o que deixou os fãs decepcionados.
Os animais do longa ganharam um CGI mais realista e apesar desse realismo, não foi estranho de ver. Os efeitos e toda a composição visual estão muito bonitas, encantando o espectador. Entretanto, tem algumas cenas que estão escuras demais. A parte musical também foi muito bem construída. Assim como em qualquer adaptação, o live-action sofreu algumas mudanças narrativas que se adequaram melhor ao nosso ano. Como por exemplo a canção “Beije a garota”, que sofreu algumas alterações na letra. Porém, essas mudanças não atrapalharam em nada na trama. Também tivemos uma maior representatividade, com as filhas do Rei Tritão possuindo características de diferentes povos.
A Pequena Sereia consegue ainda trazer aquela nostalgia boa para quem assistiu à animação clássica e permaneceu com a essência da mesma. Com um final um pouco diferente do desenho animado, mas tão emocionante quanto, é uma adorável surpresa e que encanta quem vai ao cinema ver.
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