Com críticas à sociedade, terceira temporada de “The Boys” é ousada, sangrenta e insana
- The C.A.R.O
- 11 de jul. de 2022
- 3 min de leitura
Nova temporada da série está disponível no serviço de streaming da Amazon Prime Video
Por Vanessa Linhares
The Boys é uma série televisiva norte-americana de super-heróis e ação, baseada nos quadrinhos de mesmo nome, criado por Garth Ennis e Darick Robertson, lançada em 2019. O programa criado por Eric Kripke e Craig Rosenberg, é original da Amazon Prime Video e tem direção de Philip Sgriccia. A terceira temporada chegou ao streaming no dia 03 de junho de 2022 com os três primeiros episódios, e depois com um episódio por semana, sendo o último lançado no dia 08 de julho de 2022.
A trama se passa um ano após os acontecimentos da segunda temporada. Durante esse ano, o Capitão Pátria (Antony Starr) se manteve sob controle, enquanto Hughie (Jack Quaid) trabalhava para o governo que supervisiona os supers e Billy Butcher (Karl Urban) e os boys seguiam suas ordens. Porém, quando Pátria perde a paciência com a Vought e Stan Edgar (Giancarlo Esposito), e está a um passo de surtar, mostrando ao público sua arrogância e força, se torna uma ameaça para a humanidade.
Com o objetivo de parar o Capitão, Butcher e Hughie experimentam o Composto V temporário, que dá a eles poderes impressionantes por 24 horas. Com foco na missão de achar uma arma poderosa contra o líder dos Sete, eles libertam sem querer o Soldier Boy (Jensen Ackles), um lendário super-herói que estava preso na Rússia há várias décadas e pedem a ele para ajuda-los a acabar com o líder dos Sete. Entretanto, Soldier Boy parece tão insano quanto o Capitão Pátria, além de estar atrás de vingança depois de passar tanto tempo preso.
The Boys ficou conhecida por não ter muitos limites. Tanto na série, quanto nas HQ’s, a trama sempre foi bem ousada, com cenas violentas, polêmicas e bizarras. Nessa nova temporada, isso fica mais evidente. Logo no primeiro episódio desse novo ano, somos surpreendidos com uma cena extremamente bizarra. Entretanto, mesmo no meio de toda essa bizarrice e violência, a série ainda entrega críticas a sociedade e fala de temas importantes, como o machismo, a alienação, o racismo e as fake news. Quem assistir a série vai pegar algumas referências à acontecimentos recentes que abalaram o mundo.
Com um roteiro muito bem escrito e desenvolvido, o seriado te prende e envolve de uma maneira que você quer assistir a tudo rapidamente, mesmo com cada episódio tendo cerca de 1 hora de duração. Os personagens principais são interessantes e bem construídos. Antony Starr está fazendo um trabalho magnifico como o Capitão Pátria. É impossível você assistir ao programa e não ficar impressionado com a sua atuação. Todas as suas falas, expressões faciais, olhares e passado trágico, fazem dele o personagem mais intrigante do seriado. Apesar do seu personagem ser o maior vilão da série, você se apega a ele e quer ver até onde ele vai com tanta crueldade.
Jensen Ackles chegou na trama chamando a atenção. A adição do Soldier Boy foi uma aposta certeira na terceira temporada e, conforme esperado, o eterno Dean Winchester de Supernatural, não deixou a desejar, entregando um personagem muito bem construído, arrogante e cheio de traumas, por conta dos anos que ficou isolado. As subtramas de alguns personagens também empolgaram, como a Kimiko (Karen Fukuhara) e o Francês (Tomer Capone) tendo que enfrentar uma russa da máfia, os traumas do passado que atormentam o Leitinho (Laz Alonso) e Trem-Bala (Jessie T. Usher) se reconectando com a família e origem, tendo que lidar com o Falcão Azul (Nick Wechsler) e o racismo.
The Boys encerra o terceiro ano bem mais ousado que os anteriores, com muito sangue, loucura e uma excelente história. Nessa terceira temporada conhecemos um pouco do passado traumático do Black Noir (Nathan Mitchell) e do Butcher. Também com um forte apelo emocional e dramático, o seriado seguiu um ritmo acelerado e constante, deixando o público +18 cada vez mais vidrado. As cenas de luta do episódio 6 e do episódio final, são simplesmente alucinantes, empolgantes e muito bem coreografadas. A quarta temporada já foi confirmada e depois daqueles últimos segundos da temporada, o que se espera é mais insanidade e mais surtos.
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