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“O Continental” entrega uma primeira temporada cheia de ação e uma boa trilha sonora

A minissérie de 3 episódios chegou ao streaming do Prime Video no final de setembro

o continental do mundo de john wick
"O Continental" é um spin-off de "John Wick", que conta a história de origem do famoso hotel de assassinos da franquia. (Foto: Divulgação/Amazon Prime Video/Peacock)

Por Vanessa Linhares


O Continental: Do Mundo de John Wick é uma série de suspense, drama e ação/crime, derivada da saga de filmes de John Wick – com Keanu Reeves na pele do protagonista. Criada por Greg Coolidge, Shawn Simmons e Kirk Ward, a minissérie foi divulgada como um evento de três partes. Ou seja, é uma produção de três episódios, com duração de 90 minutos cada. Original da Peacock e da Amazon Prime Video, a série estreou no streaming no dia 22 de setembro de 2023 com o primeiro episódio e com os demais sendo disponibilizados semanalmente.


A trama é ambientada na Nova York do início dos anos 1970, décadas antes dos eventos do primeiro filme de John Wick. Aqui, Winston Scott (Colin Woodell) é um jovem que viveu uma infância na criminalidade, junto com seu irmão Frankie (Ben Robson). Ao crescer, ele se muda para Londres e muda de vida. Mas após seu irmão atacar o famoso hotel de assassinos Continental, colocando uma legião atrás dele, Winston é obrigado a voltar à Nova York e montar uma equipe para derrotar o gerente do Continental, Cormac O’Connor (Mel Gibson). Além disso, Winston está decidido a tomar o controle do estabelecimento e ser o novo gerente.

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Scott arma um plano para se vingar de Cormac e pegar seu poder. (Foto: Reprodução/Amazon Prime Video/Peacock)

O Continental: Do Mundo de John Wick segue a história do gerente do famoso hotel Continental, apresentado nos filmes de John Wick. Aqui podemos entender melhor como o homem que serve como uma figura paterna para o protagonista da saga, se tornou o gerente de um hotel que serve como uma zona neutra para assassinos do mundo inteiro. Na série, Winston foi interpretado por Colin Woodell, que conseguiu transmitir a essência do personagem já conhecido pelos fãs da franquia, mas com um toque de ousadia. O jovem Winston é mais ousado – justamente por causa da idade, e consequentemente mais imprudente em alguns momentos.


Diferente dos filmes de John Wick, onde a trama segue um texto raso com personagens sem profundidade, O Continental conseguiu trabalhar melhor isso. Com uma história um pouco mais bem desenvolvida, a série se aprofundou mais em seus personagens principais. O protagonista tem mais camadas e até seus aliados são melhores construídos do que os personagens da franquia de filmes. Já o vilão, Cormac, é um vilão extremamente caricato, bem típico de filmes dos anos 1970/1980. Isso não foi um problema e Mel Gibson estava ótimo no papel, mas é um vilão sem muitas motivações. Mas assim como nos longas de John Wick, a minissérie também foi muito bem nas cenas de ação. As lutas são bem coreografadas e são sempre muito eletrizantes e cheias de adrenalina.

Mel Gibson entrega um vilão caricato, mas com certo carisma. (Foto: Reprodução/Amazon Prime Video/Peacock)

Tirando a trama principal, que fazia o espectador querer assistir até o fim, as subtramas não tiveram tanto impacto na história. Um exemplo, é o arco da policial KD (Mishel Prada). Ficamos a série inteira tentando entender a personagem, mas nada parecia a levar a lugar nenhum. Sua trama teve pouco relevância para o desenrolar do enredo e é um arco que poderia facilmente ser descartado, que não iria fazer falta. Os gêmeos bizarros do Continental também são dois personagens sem carisma – que a única coisa que faziam eram obedecer ao Cormac e descer a porr4da. Tivemos mais alguns personagens desse jeito, que só contribuíram para servirem de bizarrice.


Uma coisa que precisamos elogiar na série é a boa trilha sonora. A escolha das musicas ajudaram a dar um ar setentista para a produção, deixando os episódios um pouco mais leves, apesar do grande número de cenas violentas e sangrentas. No geral, O Continental é uma série que conseguiu expandir o universo de John Wick de maneira natural e sem muito esforço. Ela conseguiu entregar bons personagens principais e uma trama um pouco mais desenvolvida que a dos filmes. Mesmo assim, não é uma série memorável, que vá entrar para a história. É apenas um bom prólogo, que serviu para conhecermos melhor sobre o hotel de assassinos e sobre seu gerente.


Ainda não se sabe se O Continental terá uma segunda temporada, já que a primeira temporada terminou de maneira satisfatória, não muito empolgante e deixa em aberto para uma possível continuação - seja em formato de série, seja em um novo filme.

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Será que teremos mais do jovem Winston Scott e seus aliados? (Foto: Reprodução/Amazon Prime Video/Peacock)

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