A série, que estreou em janeiro, já tem sua segunda temporada confirmada
Por Vanessa Linhares
Rebelde é uma série musical adolescente original da Netflix, que chegou ao streaming no dia 05 de janeiro de 2022, sob direção de Santiago Limón e Yibrán Asuad. A produção é uma espécie de continuação/spin-off da novela mexicana Rebelde, de 2004, que fez um enorme sucesso com a banda RBD, formada na novela pelos protagonistas Anahí, Dulce Maria, Maite Perroni, Alfonso Herrera, Christian Chavéz e Christopher Uckermann e que foi um fenômeno mundial dos anos 2000.
Na nova trama, acompanhamos o início do ano letivo no colégio Elite Way School, aqui repaginado e conhecido como EWS, e comandado pela diretora Celina Ferrer (Estefanía Villarreal). A escola ganhou fama após o grupo RBD ter se tornado um fenômeno da música e ganhado diversos prêmios, por isso, agora, é referência para os jovens aspirantes a músicos. Os adolescentes da trama passam pelos dilemas comuns da idade, como primeiro amor, dramas com a família e conflitos internos, além da paixão pela música. Para ganhar reconhecimento no cenário musical, os estudantes participam da Batalha das Bandas, cujo vitória os coloca dentro do mercado musical.
Logo de início, somos apresentados aos novos protagonistas Jana (Azul Guaita), que faz sucesso na internet, M.J. (Andrea Chaparro), uma americana com pais extremamente religiosos, Andi (Selene), a descolada, Esteban (Sergio Mayer Mori), um talentoso bolsista com interesses que vão além da música, Luka (Franco Masini), um garoto mimado da poderosa família Colucci e Dixon (Jeronimo Cantillo), um rapper colombiano. Assim que se conhecem, começam a criar parcerias e, claro, muitas inimizades. Ainda, há a volta da Seita, uma sociedade secreta formada somente por jovens elitistas da classe alta, que atrapalham a vida dos novatos na batalha e dos bolsistas.
Nesse spin-off de Rebelde, temos muita representatividade e diversidade. Encontramos personagens das mais variadas nacionalidades, classes sociais e orientação sexual. O que na época da novela de 2004 era tabu, aqui é tratado de forma natural, como deve ser. A série está cheia de referências ao Rebelde “antigo” e ao RBD, o que é maravilhoso e dá uma nostalgia gostosa para quem cresceu acompanhando o sexteto mexicano. As performances musicais são muito boas e bem construídas, além de trazer músicas pop, latinas e do RBD – com novos arranjos, que fazem o público se arrepiar. Inclusive, há um episódio que é uma homenagem ao RBD, onde os alunos precisam cantar músicas do nosso sexteto favorito.
A série tem um ritmo muito rápido e não se aprofunda em seus personagens e histórias. Os principais não têm muito carisma e você não fica cativado por eles. O Luka é a exceção, apesar de ter uma personalidade arrogante, é o personagem mais interessante de se acompanhar. Ele movimenta a trama e torna o enredo mais atrativo. O vilão Sebas (Alejandro Puente) é manipulador e talentoso, porém, tem motivações rasas e que não convencem. O desfecho da Seita foi muito fácil, o que decepcionou quem estava querendo algo mais elaborado.
A química entre Andi e seu interesse amoroso Emilia (Giovanna Grigio) é evidente. As duas são fofas juntas e têm muita química em cena. Outro ponto positivo é a fotografia e o figurino. Apesar de usarem uniformes, cada aluno usa do seu jeito, deixando transparecer a personalidade de cada um. O final deixa em aberto o destino de alguns personagens, deixando claro que ainda tem muita história para contar na segunda temporada, que já foi confirmada pela Netflix e que segundo o serviço, será lançada ainda esse ano.
E você, ansioso (a) para a segunda temporada? Deixe nos comentários.
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