“Sandman”: Adaptação em live-action é boa, mas sofre com ritmo irregular
- The C.A.R.O
- 19 de set. de 2022
- 2 min de leitura
Clássico de Neil Gaiman finalmente foi adaptado para o deleite dos fãs

Por Vanessa Linhares
Sandman é uma série de drama e fantasia original da Netflix, que estreou no streaming no dia 05 de agosto de 2022. A série é uma adaptação das famosas HQ’s escritas por Neil Gaiman e publicadas pela Vertigo, antigo selo da DC Comics. A produção foi criada pelo próprio Neil Gaiman, ao lado de David S. Goyer e Allan Heinberg e tem direção de Jamie Childs, Andrés Baiz, Louise Hooper, Mairzee Almas, Mike Barker, Coralie Fargeat e Hisko Hulsing.
Na trama, Morpheus (Tom Sturridge), também conhecido como Rei dos Sonhos, Sandman, Oneiros e Sonho, é capturado em um ritual de magia negra feito por Roderick Burgess (Charles Dance), que queria capturar a Morte (Kirby Howell-Baptiste), mas acaba pegando o Perpétuo errado. Então Burgess e seus descendentes aprisionam Morpheus por 100 anos. Quando Sandman finalmente consegue fugir, ele embarca em uma jornada em busca de seus objetos mágicos que foram roubados e tenta restaurar seu reino, que caiu em ruínas durante sua ausência.

Sandman tem reviravoltas e personagens interessantes, que fazem você querer assistir até o fim. Porém, a série tem um ritmo inconstante e irregular, e em certos momentos fica cansativa. Em um instante, está rolando uma cena de pura tensão, que te deixa apreensivo, em outro parece que está só “enchendo linguiça”. O CGI também é irregular, ele mostra criaturas fantásticas e belíssimas, mas os cenários ficam meio estranhos em certas ocasiões.
As atuações estão muito boas e todos os personagens foram bem aproveitados. Tom Sturridge trouxe esse ar gótico que o protagonista pede e está muito bem no papel. A forma como o personagem evolui ao longo da série é bem nítida e interessante de se acompanhar. Outro personagem que gostei bastante foi o Coríntio (Boyd Holbrook), que é um dos pesadelos que fugiram do reino do Sonhar, durante a ausência de Morpheus. Ele é extremamente cruel, mas tem um charme e um magnetismo natural, que fazem as pessoas ficarem encantadas com ele, mesmo sendo um serial killer.

Um dos melhores episódios é quando a Morte aparece. Ela é doce e gentil com os humanos, dá lições valiosas ao protagonista e mostra que mesmo com as dificuldades e problemas da vida humana, o ser humano (em grande maioria) é apegado a vida. É o tipo de episódio tocante, que te faz refletir. A trama da série foi dividida em duas partes, mas nas duas partes tem inconsistências. Quem é fã dos quadrinhos, vai notar que a produção trouxe a essência dos personagens e das histórias, mas que o roteiro tem algumas falhas, afinal nada é perfeito. No geral, Sandman é uma série boa, interessante, com representatividade e que vale a pena assistir, mas com um ritmo irregular, que acaba prejudicando um pouco o desenvolvimento da história.

Galeria de fotos da série:
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