Última temporada encerra de forma tocante todos os arcos
Por Vanessa Linhares
Estreou no último dia 10 de setembro, na Netflix, a 6ª e última temporada da série Lucifer. Criado por Tom Kapinos, o programa é baseado no personagem icônico da Vertigo / DC Comics, escrito por Neil Gaiman nas histórias em quadrinhos de Sandman. Joe Henderson volta como showrunner e a direção fica a cargo de Kevin Alejandro, Richard Speight Jr., D.B. Woodside, entre outros. Lucifer conta a história do rei do inferno que resolve viver em Los Angeles em meio aos humanos. A série que foi lançada em 2016 pela Fox, foi cancelada pela emissora no fim da sua 3ª temporada, mas depois de milhares de apelos dos fãs na internet, a Netflix comprou os direitos da obra e passou a produzi-la.
No fim da 5ª temporada, Lúcifer Morningstar (Tom Ellis) venceu a guerra dos anjos e derrotou seu irmão gêmeo Miguel, que disputava com ele o trono dos céus, após seu Pai (Dennis Haysbert) abdicar do cargo. Nessa 6ª temporada, vemos Lúcifer receoso em assumir o lugar do Todo Poderoso Deus, por se sentir indigno de tal função. Começamos a temporada vendo Chloe Decker (Lauren German) aproveitando a vida de casal com Lúcifer, depois de deixar o trabalho de detetive na polícia de Los Angeles para acompanhar o parceiro em sua nova missão no céu. Enquanto isso, aparece um novo anjo, que ninguém conhece, chamada Rory (Brianna Hildebrand), que veio para se vingar do diabo.
Nessa última temporada, acompanhamos também o anjo Amenadiel (D.B. Woodside), entrando para a polícia e Dan Espinoza (Kevin Alejandro), que após morrer no fim da 5ª temporada, tenta se livrar da culpa e entrar no paraíso/céu. Também vemos os preparativos para o casamento de Maze (Lesley-Ann Brandt) e Eva (Inbar Lavi), além de acompanhar Ella Lopez (Aimee Garcia) e o seu medo de se envolver com alguém, depois do trauma do seu último namoro, fora que ela descobre um grande segredo.
Opiniões
A nova temporada trouxe uma reviravolta na vida do casal principal, que fez com que Lúcifer mostrasse seu lado mais bondoso e cuidadoso, algo que já se podia ver ao longo das temporadas passadas, por conta das mudanças que o personagem teve em decorrência de seu amor pela Chloe e pelas centenas de terapias feitas com a Dr. Linda Martin (Rachel Harris). Precisamos destacar a personagem de Lauren German, que teve um grande crescimento na trama e roubou a cena em diversos momentos. Tom Ellis também trouxe um diabo mais afetuoso nessa temporada final e como sempre, mostrou todo seu talento na atuação e na música, emocionando e ao mesmo tempo, divertindo o público.
A nossa cientista forense preferida, Ella, sempre muito carismática e sempre muito querida pelo telespectador, finalmente conhece alguém bacana para ter um relacionamento amoroso, o detetive Carol (Scott Porter), amigo de Dan e que ganha a empatia do Lúcifer. Os dois tiveram muita química em cena, deixando o público todo “bobinho” acompanhando o desenrolar da história.
Um dos episódios de destaque nessa temporada, é um que fala sobre o racismo estrutural nas forças policiais. Nele, Amenadiel está acompanhado pela sua supervisora, a policial Sonya (Merrin Dungey), quando se depara com situações de preconceitos e abuso de poder, e que as ações de policiais racistas estão longe de serem casos isolados.
Outro episódio destaque, é quando Dan finalmente se livra da culpa depois de ter uma conversa emocionante com sua filha Trixie (Scarlett Estevez). Esse episódio arranca muitas lágrimas e é um dos mais tocantes da temporada, finalizando lindamente o arco do Dan.
A 6ª e última temporada de Lucifer, traz um final emocionante, que deixa nossos corações quentinhos. Com um elenco talentoso e carismático, a série passa pela comédia e pelo drama sem perder a qualidade. A última temporada é do tipo que agrada a maioria dos fãs por ter um final fofo, feliz e poético, com nosso casal Chloe e Lúcifer juntos até a eternidade. Além disso, o programa encerra perfeitamente todos os arcos.
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