“The Flash” tem seus problemas, mas é divertido e traz uma boa narrativa
- The C.A.R.O
- 3 de jul. de 2023
- 3 min de leitura
O longa tem dividido a opinião do público e segue em cartaz nos cinemas de todo o país

Por Vanessa Linhares
The Flash é um filme de ação e ficção cientifica, baseado no super-herói da DC Comics, Flash, e inspirado na HQ do Flashpoint. Com direção de Andy Muschietti e roteiro de Christina Hodson, o longa chegou aos cinemas brasileiros no dia 15 de junho de 2023 e até o momento segue em cartaz.
Na trama, Barry Allen (Ezra Miller) segue sua vida dupla, onde tem que se desdobrar entre salvar pessoas e a cidade como o velocista Flash, e trabalhar como analista forense. Ao descobrir que a única prova que mostra que seu pai Henry Allen (Ron Livingston) não matou sua mãe Nora Allen (Maribel Verdú) não vai servir para inocentá-lo, Barry corre rápido o suficiente para perceber que consegue voltar no tempo apenas usando sua velocidade.
Com isso, ele decide retornar ao ano em que sua mãe é assassinada e impedir que o crime aconteça. No entanto, sua tentativa de salvar sua família altera todo o futuro e Barry acaba preso em uma linha do tempo com sua versão mais nova, com um Batman (Michael Keaton) diferente e com o General Zod (Michael Shannon) ameaçando destruir a humanidade mais uma vez.

The Flash pode ter seus problemas, mas consegue cumprir seu objetivo principal que é divertir o público. Mesmo com todas as polêmicas envolvendo o filme e o ator Ezra Miller, o longa consegue ser uma boa surpresa aos que vão ver a produção sem muitas expectativas. Isso porque o filme não se leva a sério e trata tudo com muito bom humor. A narrativa consegue envolver o espectador e os personagens são cativantes. Miller traz um Barry/Flash já controlando bem seus poderes e com muito carisma. Sua versão mais nova do personagem é mais inocente e vê a vida de uma forma leve, sem o peso dos traumas que a versão mais antiga do protagonista viveu. E Miller consegue mostrar bem essas diferenças, mostrando sua versatilidade como ator, interpretando o mesmo personagem, mas com idades e em linhas do tempo diferentes. Aqui, o ator consegue dosar o humor e mesclá-lo com momentos de drama, tensão, ternura e muitas outras emoções.
A explicação sobre os multiversos criados através das diferentes linhas do tempo é clara e simples, não deixando dúvidas para o público. Ver Michael Keaton de volta ao papel do Batman depois de tantos anos é sem dúvidas muito nostálgico. O ator teve uma boa química com Miller, deixando a construção do seu Batman com o Flash mais natural ainda. Sasha Calle, que interpreta a Supergirl, também está muito bem no papel e mesmo não sendo uma arma imbatível contra o Zod, tem ótimas cenas de luta. Alias, as cenas de ação do filme estão muito boas, tirando algumas que ficaram meio forçadas.

O que mais decepciona em The Flash, é o CGI. Alguns efeitos especiais estão ok, mas outros estão terríveis. A parte gráfica tem um CGI questionável, que deixa muito a desejar. Tudo bem que seria difícil fazer um filme sobre um velocista viajando no tempo com efeitos visuais 100% bons, mas o que ninguém imaginava é que alguns desses efeitos fossem ficar tão toscos. Até em cenas mais simples, dá para perceber o uso do chroma key. Parecia que estava vendo um episódio de Teen Wolf, que sempre foi criticado pelos efeitos especiais mal feitos.
No geral, The Flash é um filme divertido, com uma história envolvente, personagens cativantes e uma boa trilha sonora. Pode não ser uma obra-prima, porém vale a pena assistir para passar o tempo. É nítido a evolução do protagonista e o quanto ele aprende com seus erros ao longo do filme. É uma produção para ir ver sem muitas expectativas, mas que cumpre muito bem seu papel de entreter e divertir.

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